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Carnaval e a RODA DA FORTUNA

Foto do escritor: Yoko YuYoko Yu

O Carnaval é brasileiro e isso ninguém contesta, mas teve sua origem lá na Mesopotâmia onde gregos e romanos festejavam em homenagem à Dioníso, o Deus do vinho, ou seja, as festas eram regadas de bebidas e prazeres carnais. A ideia central sobre a festa era "mundo de cabeça para baixo", um caos temporário, como fora a história de Dioníso.


Antes de nós, os europeus também herdaram as festas da Mesopotâmia. Seus glamourosos Bailes de Máscaras foram relacionados ao cristianismo. Carnis Levale (carne vale) era um período de válvula de escape para as pessoas expressarem seus desejos. Imagina o palco de horrores que foi isso numa época em que mulheres nem eram consideradas gente quanto mais portadoras de Direitos.

A Quaresma (retirar a carne) foi criação da igreja para conter estes comportamentos após o período de festas.


A Roda da Fortuna está intimamente ligada à ciclos e à Lei da Correspondência. Se sobe desce, se reprime, de alguma forma é preciso extravasar. Quanto mais Hera tentava matar Dioníso, mais uma vez ele conseguia sobreviver, entendia a dança da morte e invocava a vida.


A Lei Natural é sabia, tudo pode sacudir e caótico ficar, mas cedo ou tarde tudo se restabelece. Logo após tudo vira novamente e assim segue, como a Roda da Vida, a Roda da Fortuna.


Encerro este post fazendo uma provocação com um provérbio oriental:


“Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes”

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